Publicado em: 06 de Ventharis de 360ED
É com o coração apertado e a pena pesada que escrevo estas palavras. Por decisão da equipe editorial — e por minha recomendação direta — o Ventos de Drakheim suspenderá suas publicações até que possamos compreender uma série de acontecimentos que desafiam toda lógica e controle.
Nos últimos ciclos, frases que ninguém escreveu começaram a surgir entre nossos textos. No início, eram como ruídos de tinta: uma palavra aqui, outra ali, sombras literais entre os parágrafos. Mas então as mensagens cresceram. Tornaram-se claras. Perturbadoras.
Essas palavras não foram escritas por nenhuma pena de nossa redação. Elas não passaram por revisão. Não foram entregues por fontes. E, ainda assim, estavam ali — impressas, registradas, lidas.
As prensas foram examinadas. As tintas, trocadas. Até mesmo os pergaminhos foram substituídos por novos, consagrados por sacerdotes da Carapaça Sagrada. Nada disso impediu que as mensagens continuassem a aparecer.
Como jornalista, é meu dever investigar. Como cidadã de Drakheim, é minha obrigação proteger.
Diante da possibilidade de que essas mensagens não sejam simples erros técnicos, mas avisos ocultos ou interferências mágicas, optamos pela prudência. Pausar o jornal não é render-se ao medo — é recuar para entender, para descobrir, para voltar com a verdade em mãos.
Enquanto isso, peço aos leitores: fiquem atentos. Observem. Escutem. O que quer que esteja tentando se comunicar conosco através das páginas do Ventos de Drakheim talvez não esteja longe.
E prometo: quando retornarmos — e nós vamos retornar — não traremos apenas notícias. Traremos respostas.
Com coragem e tinta firme,
Elyra Mirawen